Como Lutadores Lidam Com a Pressão Antes da Luta?

O que separa quem desiste de quem se torna campeão

A pressão antes de uma luta é algo que todo lutador que quer competir, vai ter que enfrentar algum dia. O coração acelera, a mente começa a imaginar mil cenários, e o medo tenta te fazer repensar todas decisões que você tomou. E não é só os iniciantes que passam por isso, até os campeões mais experientes carregam essa mesma ansiedade. A diferença está em como eles lidam com ela.

No post de hoje, eu trouxe a experiência de lutadores que também já passaram por essa situação. Eles compartilharam como lidaram com o medo, a ansiedade e a cobrança, mostrando que sentir isso é normal e que a diferença está em como você decide reagir.

Ter uma estratégia mental para enfrentar desafios, é a carta na manga que vai impulsionar sua carreira.

Conhecido também como Canelinho na cena do boxe e fundador da Consultoria Overhand, ele compartilhou como trabalha o preparo mental antes das lutas, tanto no que aplica em si mesmo quanto no que ensina pros alunos:

“Mentalizo o jab direto como se estivesse fazendo. Quando você treina isso na mente todo dia, o cérebro acredita. E na hora, você entra mais calmo.”

Ele também destaca a importância da respiração constante, ter um plano de luta e desenvolver resiliência:

“Nem tudo vai funcionar, e você precisa estar pronto pra isso.”

Trabalhar a mente é treinar confiança e disciplina. Saber manter a calma e ter jogo de cintura na hora da luta é essencial pra qualquer atleta.

Lutador peso-pena do UFC, compartilhou que, pra ele, a luta tem um significado profundo:

> “A luta pra mim é como uma diversão. Eu já passei por muito estresse na infância e isso acabou me afetando, então quando entro no cage eu fico blindado. Sou frio, não me abalo com nada lá dentro.”

Melk transforma o cage num lugar onde ele se sente no controle, um espaço de foco total, onde nada externo consegue atingir sua mente.

Atleta da Vale Top Team com 2 vitórias no MMA profissional, contou que enfrentou muito medo na sua estreia:

“O cara era gigante, com 10 cinturões de kickboxing, faixa preta de jiu-jitsu… e eu era só eu: faixa branca e apavorado.”

Foi aí que ele criou sua própria estratégia mental:

“Passei um mês pensando em tudo de ruim que podia acontecer. Literalmente tudo. Quando chegou a semana da luta, eu já tinha passado por aquilo tudo na cabeça e fiquei tranquilo.”

“Na hora que pisei no cage, o medo sumiu — e eu nocauteei ele no primeiro round.”

Desde então, Nicholas usa essa tática: encarar o pior cenário antes, pra subir no cage com a mente blindada.

O mestre de Muay Thai, Danilo Ricci, da academia Black Forge, contou que cada atleta lida com a pressão de um jeito diferente.

“Tem quem coloque o fone de ouvido, ouça música e tente distrair a mente. Outros dançam, como o Poatan, pra aliviar a tensão.”

Mas há quem vá pelo caminho oposto:

“Alguns focam nas dificuldades que enfrentaram, a fome, as renúncias, a distância da família e transformam isso em combustível. Eles incorporam a dor que passaram, o sangue que derramaram, e colocam tudo ali, no ringue.”

O importante segundo ele é estar o mais calmo possível na hora da luta. A ansiedade atrapalha. E cada um encontra seu próprio jeito de controlar isso.

O atleta de MMA e Muay Thai campeão no MFC, vice-campeão brasileiro pela CBMTT, e bicampeão paranaense de Thai, ele é daqueles que chegam pra lutar, simples assim:

“Sou o tipo de cara que vai, entra e faz o que tem que ser feito.”

“Antes de subir no octógono, eu oro. Mesmo se eu perder, já sou grato a Deus por ter a oportunidade de estar ali, fazendo o que amo.”

E essa é a oração que ele sempre leva com ele antes de lutar:

“Senhor, Tu és meu convidado de honra. Mas não fique só na plateia, entre comigo neste octógono e deposite em mim coragem e fé. Tire de mim todo o medo de errar, toda insegurança. Afasta de mim a ansiedade e faça de Tua força, a origem da minha. Que tudo venha a ser pra honra e glória do Teu nome. Amém.”

Atleta de Jiu-Jitsu que já coleciona medalhas em eventos como o ADCC, Mundial CBJJE, Brasileiro CBJJE e Internacional CBJJE e compartilhou como lida com o emocional antes da luta:

“Gosto de sentar e visualizar tudo. Puxando pra guarda, pontuando, finalizando. Isso me ajuda a colocar em prática o que já treinei.”

Ele também destacou o papel do treinador e do controle emocional:

“Mesmo com várias lutas, a ansiedade bate. Ter um bom coach do lado e controlar a respiração faz toda a diferença.”

E ai? Gostou dos depoimentos?

Tenha fé no processo

No fim, a pressão antes da luta não é um monstro de 7 cabeças, mas um desafio a ser enfrentando. Ter uma boa estratégia e pessoas que te apoiam ao seu lado faz toda a diferença nesse processo.

A luta começa muito antes do cronometro dos rounds contarem, ela se faz nos treinos, junto com a disciplina e mentalidade que você construiu antes de chegar lá. A pressão expõe fraquezas, mas também desperta forças que você nem sabia que existiam. É ela que mostra o quanto você treinou de verdade, o quanto confia no processo e o quanto acredita em si mesmo.

Treinar é essencial para um atleta, até porque você precisa se preparar fisicamente para o confronto. Porém se você estiver fraco psicologicamente, todo seu esforço vai por água abaixo. Uma mente fraca derruba um corpo forte.

Tente aplicar essas dicas na sua vida e veja sua performance subir de nível. Acredite em você e no seu propósito!.

Confie em Deus e Ele fará o resto: te apoiando, te guiando e te livrando em cada etapa da sua caminhada. A luta pode ser dura, mas com Ele você nunca estará sozinho.

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BY: Duda Ortiz 🙂

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